É tempo de tirar
a pedra do sapato,
De se ater menos
ao fato
De viver sob
recato.
É tempo de
escancarar as janelas,
De apagar as
velas
Do luto pelas
dores velhas.
É tempo de regar
a semente
Daquela criança
imprudente
Que dentro de
nós existe, latente.
É tempo de
clamar por liberdade,
Libertar-se de
toda vaidade,
Viver com mais
verdade.
É tempo de
resgatar a pureza,
Enxergar a
verdadeira beleza,
Caminhar com
mais certeza.
É tempo de
despojar-se do passado,
Não deixar o
presente de lado,
Não viver um
futuro ainda velado.
É tempo de
inebriar-se com as flores,
Esquecer-se dos
falsos amores,
Dar à vida novas
cores.
É tempo de andar
sobre a grama,
Sem o peso da
rotina insana,
Que sobre as
nossas cabeças, plana.
É tempo de ouvir
com carinho,
O gorjear do
passarinho
Que acabara de
sair do ninho.
É tempo de
revolver,
Correr,
Renascer.
É tempo
Porque ainda há
tempo
De
verdadeiramente
VIVER!